As montanhas de tons cinzas e ocres, desenvolvidas com milhões de toneladas de terra estéril, que inserem os buldózer, quebram a harmonia da savana. A Cada ano crescem, alargam-se e aparecem várias novas, objeto das escavações em minas de carvão a céu aberto. A geografia renovada, árvores frondosas, os verdes pastos e rios caudalosos desaparecem para ceder recinto a uma paisagem árida, de vegetação mustia e riachos famélicos. A investigação do minério preto, no departamento de Cesar, ao norte da Colômbia, está a modificar o rosto de uma localidade atraente, que possui fértil, agrícola e pecuária.

“A mineração é uma ilusão, uma tragédia. Há pobreza, pegadas ecológicas terríveis, corrupção, e os recursos ficam nos cofres dos países estrangeiros”, alega o ex-ministro do Meio ambiente, João Myer. O panorama do centro do Cesar é desolador e o futuro sombrio.

atualmente, empresas como Glencor, Drummond ou Vale exploram 87.000 hectares, o governo concedeu títulos por 100.000 mais e há pedidos por quase quatro vezes esse número. Moradia maquiada’ em Boquerón. Também, lhes permitiam desviar nove rios, como este o meia centena de riachos que vêm da Serra de Perijá. A mina e a água são incompatíveis e neste combate, o governo colombiano resolve por privilegiar o primeiro. Antes achavam água para oito metros e nesta hora você precisa buscá-la em honduras de 30 e quarenta. “Um dia teremos que abandonar tudo por inexistência de líquido”. Diversas populações camponesas e pesca dos municípios de Chiriguaná, Da Jagua de Ibérico, O Passo e Becerril, perderam suas economias tradicionais, a sua essência, e nesta hora estão sitiadas por minas.

Há alguns anos, as companhias carboníferas prometeram alterar alguns vilarejos pobres, os que acabam enterrados pelos montes artificiais, todavia deram longas para os habitantes, eles tomaram o cabelo e com o ir do tempo, quebraram sua unidade. “Ainda desejo que nós possamos destinar-se todos juntos”, sonha Beto, de El Hatillo, que leva anos brigando por causa de seus filhos. “O país não está preparado, em nenhum grau para assumir responsavelmente um processo em amplo escala industrial de mineração”, diz o relatório do Fórum Nacional Ambiental. E não apenas devastam a Terra, mas que não tiram a miséria das regiões onde se impõe o teu campo de operações.

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Em La Loma, onde reside a maioria dos mineiros, falam de “80/20”, em referência aos percentuais de trabalhadores que saem para a frente. “Por volta de 20% salva, compra casa, progride. Oitenta bebe e gasta em prostitutas”, oferece Lucho Restrepo.

Os caixas eletrônicos Da Loma são os mais rentáveis de todo o departamento e a cada quinzena, os recarregam com 400 e quinhentos milhões de pesos (us $ 250.000). Pagam dívidas, adquirir os favores das prostitutas menores de idade que chegam de todas as partes nessas jornadas, e bebem a mares. Também os políticos locais contribuem para o desastre. Pela Jagua de Ibérico dos últimos prefeitos passaram na prisão por furtar a mãos cheias os vastos fundos dos royalties do carvão e nem sequer deixaram algo pra desenvolver um aqueduto.