Robôs Que Pintam >>A Arte Na Idade Do Silício >>Blogs DO PAÍS

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Algo deve acontecer com os artistas que trabalham com as novas tecnologias para defender a tão ampla difusão de peças robóticas que são responsáveis por si mesmas, de gerar obras de arte. Voltando aos robôs que pintam a iniciativa mais recente vem da Domain Gallery, uma galeria online montada pelo artista espanhol Manuel Fernández, que está apresentando Autonomic Drawing Performance (ADP) do artista argentino Eduardo Imasaka.

A obra é uma espécie de performance em que um anão dispositivo robótico, armado de uma caneta de tinta, faz novas peças abstratas sobre isso papel. A atividade do robô não depende da presença do público, já que tua funcionalidade é controlada na intensidade de diversas referências de conectividade como o Wireless, wi-fi ou Bluetooth, presentes no local.

“Antes Imasaka carga incalculáveis presets de teu próprio tipo de desenho à mão, deste modo o robô, dependendo da intensidade dos sinais que capta o ambiente, usar um preset ou outro. Os desenhos demoram por volta de quatro dias pra ser completo”, explica Fernández. AARON passou inteligência artificial, programação e tecnologia numa experiência que sonhava ao redor da elaboração automática de obras de arte pictóricas e seu motivo. Mais do que um robô antropomórfico, trata-se de um software programado para representar diretrizes gráficas a começar por uma vasto impressora plotter, cuja complexidade formal foi aumentado com os anos, integrando as cores e padrões pré-acordados, como flores e pedras.

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AARON, cujas obras foram expostas em museus como o MOMA, de Nova York, o Stedelijk e a Tate, de Londres, foi uma das primeiras experiências neste domínio. Sua vontade de abrir o debate a respeito do motivo da obra de arte, antecipou de várias décadas, várias das temáticas dominantes pela era contemporânea da imaterialidade artística.

Entre os artistas espanhóis, há que se notabilizar a elaboração de Carlos Corpa, criador e produtor de Bacia hidrográfica, pioneiro em Portugal do desenvolvimento de peças robóticas autónomas. Entre a multidão de projetos protagonizados por robôs pintores, há uma verdadeira corrente do que se poderia definir de robôs ocultas:. Em março apresentamos no Silício Paul o “pintor inesgotável” de Patrick Tresset, que se expôs, então, pela mostra Kinetik Art Fair, organizada em Londres, por ocasião do centenário do nascimento de Alan Turing.

Na mesma linha do serviço de Tresset se situa The self-portrait machine, outro robô pintor, que se ativa com a presença de um sujeito posa. Na realidade trata-se de um auto-retrato assistido, porque é o próprio retratado quem faz o desenho com duas canetas, um em cada mão. Os braços do retratado são controlados na instalação robótica, através de um aparelho que, antes de tudo, realiza-se uma fotografia do rosto do sujeito e, posteriormente, move as mãos de forma que os marcadores comecem a alinhavar as tuas características.