Ciência Para Trazer
Em 2003, a revista Physics World perguntou aos seus leitores qual era, em sua opinião, o experimento, o mais esbelto da história da física. Ganhou o famoso experimento da dupla fenda, uma prova montada em 1801 pra testar a natureza ondulatória da iluminação, que não deixou de repetir, em imensos modelos e com diferentes objetivos, até a atualidade.
a Laser difractado usando fenda dupla. Foto tirada no laboratório de óptica da escola de ciências da UNAM. No universo quântico -o das partículas subatômicas como os elétrons – as ‘coisas’ agem de uma maneira muito distinto, como ocorre na escala macroscópica, em que nos movemos os seres humanos.
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O experimento da dupla fenda revela duas características interessantes deste universo. A primeira é que, a nível micro, os equipamentos físicos têm uma natureza dual: de acordo com as ocorrências, podem comportar-se como um conjunto de partículas ou como uma onda. E a segunda é que o fato de observá-los faz com que ajam de uma forma ou de outra.
Para compreender qualquer coisa mais do mundo quântico, vamos mostrar uma fórmula impecável do experimento sem as informações técnicos. Situémonos primeiro pela escala macro, em nosso mundo. Vamos lançar, uma a uma e em diferentes direções, milhares de bolas de gude contra uma placa atravessada por duas finas fendas verticais. Em outra placa mais afastada vamos pegar o impacto das bolinhas.
o Que ‘desenho’ haverá produzido este choque? A resposta é: as duas faixas verticais, correspondentes às bolinhas de gude que conseguiram transpassar a placa anterior de lado a lado das fendas. Agora, com ligação à obtenção de todos os elementos do experimento em uma piscina cheia de água. Por intermédio do mesmo ponto em que temos de lançar as bolinhas de gude, vamos começar a gerar ondas. Uma vez que as ondas atravessem as duas fendas e chegam à última placa, como o Que ‘desenho’ fará com que este embate? A resposta é: uma série de faixas verticais de diferente intensidade que os físicos chamam de “padrão de interferência”. Este desenho ocorre em razão de a onda inicial, como qualquer onda, se difracta ao atravessar as fendas, dando origem a duas ondas que interferem entre si.
Em alguns pontos as ondas se reforçam e em outros se anulam, o que provoca um embate com desigual intensidade sobre a última placa. Pois bem, vamos nesta hora ao universo quântico e, ao invés bolas de gude, lancemos elétrons, um a um, por intermédio da dupla fenda.
o Que é ‘desenhada’ na segunda placa? Com a lógica que usamos no mundo macro, o esperado é que o elétron é uma partícula, impacte como uma bolinha e desenhe duas faixas verticais. Porém, o efeito que obtemos é se…